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Estado autoriza hospitais a usarem medicamento que pode causar aborto
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A Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul divulgou nesta segunda-feira (25)  autorização a quatro unidades hospitalares para utilizar medicamento que causa aborto.

A resolução, de 12 de abril, foi publicada no Diário Oficial do Estado. O uso de medicamentos a base de misoprostol é controlado por meio de portaria do Ministério da Saúde nº 344/98.

Esse tipo de droga  provoca  fortes contrações uterinas e por isso pode causar aborto. Em hospitais, ele é usado para expulsão de feto do aborto retido, combinado em procedimentos de curetagem e, em doses menores, para ajudar a grávida no nascimento.

Em Campo Grande, o Hospital  da Mulher, no Bairro Moreninha  III; a Maternidade Cândido Mariano e a Santa Casa estão autorizadas. Na publicação desta segunda também foi autorizada a  Associação Beneficente de Rio Brilhante, cidade distante 158 quilômetros de Campo Grande.

Essa permissão precisa ser renovada anualmente. Com a publicação da resolução da coordenadoria estadual, as autorizações desses hospitais terminam entre fevereiro e março de 2017, dependendo da unidade.

"É obrigatório o credenciamento do hospital para poder comprar o medicamento e também ministrá-lo. O maior risco é porque ele pode ser desviado para utilização do aborto. Por isso é preciso realizar o  controle e a fiscalização", explicou o gerente de medicamentos da coordenadoria, Adam Macedo.

De acordo com ele, o Estado tem a jurisdição de fiscalizar unidades em 23 municípios. Nos demais, são as próprias prefeituras, por meio de suas vigilâncias sanitárias, que precisam inspecionar a utilização do  misoprostol.

Macedo alertou que no Brasil o medicamento conhecido como citotec, que tem como reagente o misoprostol, é proibido e não pode ser vendido ao consumidor.  "As denúncias podem chegar aqui por meio de pacientes e de profissionais da saúde", disse o gerente.

MERCADO NEGRO

A venda ilegal de remédio que causa aborto é também apurada pela Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária. Contudo, para o flagrante de comercialização no mercado negro é preciso acionamento da polícia.

"Há informações que esse remédio pode ser encontrado em alguns locais de Campo Grande, com venda combinada. O vendedor não mantém no estabelecimento o produto. Ele marca um local para a entrega", reconheceu Adam Macedo.

Segundo ele, a pessoa que utilizar fora de hospitais a droga corre risco de morte e deve evitar o manuseio.

 

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